A mãe na estrada com duas crianças a acompanhar
Foram expulsas de um chamado “lar”
Em suas mãos algumas roupas a carregar
Em cada face uma tristeza e contudo seguiam a caminhar
Sol quente, pé na estrada
Carros passam sem nem olhar
Quando um sinal a mãe dava
Era como se ninguém pudesse ajudar
Caminhando, continuaram
E o grande grupo apareceu
Viram as três vidas sem terra
E o grupo, naquele instante, cresceu
A esperança renasceu
A identidade ressurgiu
Não eram apenas três
Estavam agora entre tantos mil pelo Brasil
Dias e noites pelas estradas
Pelos campos, galpões vazios
Vão eles sem teto, sem medo
E o governo de putos vadios?
A história real persiste
O sistema tem mais o que fazer
Onde a caridade reside?
No coração de quem sabe fazer....
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